Campanha mundial promove 40 dias de oração pela vida
A
iniciativa 40 dias pela vida, uma campanha internacional de quarenta
dias de oração, jejum e vigília pacífica contra o aborto, tem início
nesta quarta-feira, 28 de setembro - Dia de Luta pela Descriminalização
do Aborto, e será encerrada dia 6 de novembro. Serão doze horas diárias
de vigília, oração e informação, organizada por fiéis em diversos pontos
do Brasil e do mundo, com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a
valorização da vida, como dom de Deus.
Este
ano a campanha será realizada em 636 cidades de 36 países, com ações
pacíficas que têm como objetivo chamar a atenção da comunidade para as
consequências do aborto.
- Semana Nacional da Vida e Dia do Nascituro - 1 a 8 de outubro
Nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sobre ação no STF que inclui a questão do aborto
O
Conselho Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
emitiu na quarta-feira, 21 de setembro de 2016, Nota Oficial para
manifestar a posição do episcopado com relação a Ação Direta de
Inconstitucionalidade-ADI 5581 que tramita no Supremo Tribunal
Federal-STF. Essa ADI questiona a lei 13.301/2016 que trata da adoção de
medidas de vigilância em saúde, relativas ao vírus da dengue,
chikungunya e zika.
Intitulada
"Em defesa da integridade da vida", a Nota da CNBB destaca a posição
tradicional da Igreja sobre o aborto e traz uma denúncia sobre os
interesses de grupos que que se aproveitam para colocar a questão do
aborto no contexto do debate da ADI: “Repudiamos o aborto e quaisquer
iniciativas que atentam contra a vida, particularmente, as que se
aproveitam das situações de fragilidade que atingem as famílias. São
atitudes que utilizam os mais vulneráveis para colocar em prática
interesses de grupos que mostram desprezo pela integridade da vida
humana”.
Leia a nota na íntegra:
NOTA DA CNBB EM DEFESA DA INTEGRIDADE DA VIDA
“ Escolhe, pois, a vida, para que vivas. ” (Dt 30,19b)
O
Conselho Episcopal Pastoral – CONSEP, da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 20 e 21 de
setembro de 2016, vem manifestar sua posição com relação a Ação Direta
de Inconstitucionalidade-ADI 5581 que tramita no Supremo Tribunal
Federal-STF. Essa ADI questiona a lei 13.301/2016 que trata da adoção de
medidas de vigilância em saúde, relativas ao vírus da dengue,
chikungunya e zika.
Urge,
de fato, como pede a ADI, que o Governo implemente políticas públicas
para enfrentar efetivamente o vírus da zika, como, por exemplo, um
eficiente diagnóstico e acompanhamento na rede pública de saúde. Além
disso, seja estendido por toda a vida o benefício para criança com
microcefalia e não por apenas três anos, como estabelece o artigo 18 da
lei 13.301/2016. Ao contrário do que prevê o parágrafo segundo desse
artigo, o benefício seja concedido imediatamente ao nascimento da
criança e não após a cessação do salário maternidade.
Causa-nos
estranheza e indignação a introdução do aborto na ADI. É uma
incoerência que ela defenda os direitos da criança afetada pela síndrome
congênita e, ao mesmo tempo, elimine seu direito de nascer. Nenhuma
deficiência, por mais grave que seja, diminui o valor e a dignidade da
vida humana e justifica o aborto. “Merecem grande admiração as famílias
que enfrentam com amor a difícil prova de um filho com deficiência. Elas
dão à Igreja e à sociedade um precioso testemunho de fidelidade ao dom
da vida” (Papa Francisco, Amoris Laetitia, 47).
Repudiamos
o aborto e quaisquer iniciativas que atentam contra a vida,
particularmente, as que se aproveitam das situações de fragilidade que
atingem as famílias. São atitudes que utilizam os mais vulneráveis para
colocar em prática interesses de grupos que mostram desprezo pela
integridade da vida humana.
As
paralimpíadas trouxeram uma lição a ser assimilada por todos. O
sentimento humano que brota da realidade dos atletas paralímpicos,
particularmente das crianças que participaram das cerimônias festivas,
nasce da certeza de que a humanidade se revela ainda mais na
fragilidade.
Solidarizamo-nos
com as famílias que convivem com a realidade da microcefalia e pedimos
às nossas comunidades que lhes ofereçam acolhida e apoio. Rogamos a
proteção de Nossa Senhora, Mãe de Jesus, para todos os brasileiros e
brasileiras.
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB
Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB