quinta-feira, 8 de outubro de 2015

3º Encontro Arquidiocesano de Fé e Política - 28/11/2015 - Sábado de 08 às 17hs

3º Encontro Arquidiocesano de Fé e Política - 28/11/2015 - Sábado de 08 às 17hs

ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O 3º ENCONTRO ARQUIDIOCESANO DE FÉ E POLÍTICA

O Núcleo de Estudos Sociopolíticos, da PUC Minas e da Arquidiocese de Belo Horizonte (Nesp), informa que as inscrições para o 3º encontro arquidiocesano de fé e política já se encontram abertas AQUI>>>

O evento ocorrerá no dia 28 de novembro, sábado, das 8 às 17 horas, no campus Coração Eucarístico da PUC Minas (Avenida Dom José Gaspar, 500 – bairro Coração Eucarístico).





Com o tema: Fé e política: alegria e esperanças no cuidado com a vida”, o encontro tem como objetivos reunir grupos e práticas de fé e política no âmbito da Arquidiocese de Belo Horizonte; discutir a realidade sociopolítica e eclesial à luz do pontificado de Francisco; planejar e articular a caminhada dos grupos e práticas de fé e política da Arquidiocese e celebrar os dez anos do Nesp.

Na parte da manhã, depois da abertura inicial, três assessores apresentarão, numa mesa redonda, uma discussão acerca do contexto sociopolítico brasileiro, da conjuntura eclesial no papado de Francisco e das ações dos movimentos e grupos sociopolíticos na contemporaneidade.

Na parte da tarde, grupos de trabalho discutirão os desafios para formação, comunicação e as possibilidades de articulação, organização e de ação dos movimentos, grupos e coletivos sociais e pastorais.

O evento encerrará com uma plenária de debates e propostas de ação dos grupos, seguido de momento celebrativo.

As inscrições gratuitas (com direito a alimentação) irão até o dia 15 de novembro, exclusivamente no formulário eletrônico. São convidados,  preferencialmente, militantes de grupos e práticas de fé e política e membros de pastorais e movimentos sociais.

O 3º Encontro Arquidiocesano de Fé e Política é promovido pelo Nesp em parceria entre o Vicariato para a Ação Social e Política da Arquidiocese de Belo Horizonte e o Anima (Sistema Avançado de Formação da PUC Minas) e tem o apoio do Movimento Mineiro de Fé e Política.



Outras informações podem ser obtidas no Nesp:

- E-mail: nesp@pucminas.br
- Telefone(31) 3319-4978 (horário comercial).


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Descrição: Menor

Síntese dos encaminhamentos do Encontro Nacional e Popular pela Constituinte

De: Plebiscito Constituinte <plebiscitoconstituinte@gmail.com>


Prezados/as lutadores/as,

No dia 04 de setembro de 2015, cerca de mil representantes de 20 estados brasileiros e DF, de comitês populares estaduais, regionais e locais, e organizações nacionais, se reuniram em Belo Horizonte, no Encontro Nacional e Popular pela Constituinte, em que se celebrou um ano da grande vitória da realização do Plebiscito Popular da Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, que coletou cerca de 8 milhões de votos, de 01 a 07 de Setembro de 2014.
Após realizar diversos balanços da conjuntura e da Campanha, o Encontro concluiu que nosso principal desafio para massificar a campanha pela Constituinte do Sistema Político é construir uma Meta Síntese comum que organize e mobilize milhares de militantes sociais que desejam mudanças estruturais e populares, esta Meta será a organização de Assembleias Populares pela Constituinte.
É preciso combinar a agitação e propaganda da bandeira política da Constituinte do Sistema Político com a iniciativa organizativa.  Além disso, a campanha pela Constituinte se mobilizará para combater a Contra Reforma Política em curso impulsionado por amplos setores conservadores do Congresso Nacional.
Enviamos em anexo três documentos com os encaminhamentos do Encontro. São eles:
1.    O manifesto “A atualidade da luta pela Constituinte”;
2.    “Desafios centrais da luta pela Constituinte do Sistema Político”
3.    Calendário-base para o próximo período.

Saudações Fraternas,
Secretaria Operativa Nacional

São Paulo, 05 de outubro de 2015


Campanha pela Constituinte do Sistema Político
Secretaria Operativa Nacional
011-2108-9336


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Enviado por: Frederico Santana Rick <fredsantanarick@gmail.com>

empregadas domésticas e patroas

O Brasil de Fato MG, levou 3 empregadas domésticas para ver o Filme que Horas ela volta. 

A Folha de São Paulo acompanhou a presidenta do sindicato das patroas assistir o filme. 

Ambas entrevistas tem respostas interessantes sobre o Brasil dos dias atuais:




Entrevista com representante do sindicato das patroas:




Três empregadas domésticas relatam suas impressões sobre o fime:




Abaixo o conteúdo das duas matérias:



Não aprendi muito com 'Que Horas Ela Volta?', diz representante de patrões

Em seu escritório, na sede do sindicato dos empregadores domésticos do Estado de São Paulo, Margareth Carbinato balança a cabeça a cada cena em que Jéssica enfrenta os patrões da mãe, a empregada Val, interpretada por Regina Casé no filme "Que Horas Ela Volta?", de Anna Muylaert.
Jéssica senta na cama do quarto de hóspedes, testando o colchão. "Ninguém dorme aqui?". Na exibição do longa, acompanhada pela sãopaulo, o olhar de Margareth é de reprovação. "Não é porque o doméstico reside na casa que vai poder tomar certas liberdades como se fosse um hóspede. "
Presidente de honra e fundadora do sindicato, ela diz que "está faltando no ser humano cada um saber o seu lugar" e critica o que considera falta de profissionalismo das domésticas.
Rodrigo Dionisio/Folhapress
SPSP SAO PAULO SP - Margareth Carbinato, presidente do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo, após assistir o filme Que Horas Ela Volta?, na sede da instituição, na noite de hoje (30/09). Foto: Rodrigo Dionisio/Folhapress
Margareth Carbinato, presidente do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo
sãopaulo - O filme é factível? Gostou?
Margareth Carbinato - Não é comum patrão acolher parentes de empregada. Acho que quem escreveu o filme quis dar uma conotação do patrão querendo se impor, mas não quero acreditar nisso, porque na casa o dono deve colocar a ordem. A [Regina] Casé estava maravilhosa, fez o papel de uma empregada consciente. Se sentiu oprimida pelas atitudes da filha. Houve um "abuso" da menina. Gostei do papel da patroa porque ela foi até onde suportou e não ofendeu. Não aprendi muita coisa com o filme e acho que você sempre tem que extrair uma mensagem. Não entendi a mensagem.
Os empregadores se colocam no lugar da patroa no filme?
É muito fácil você criticar. A Bárbara não tem nada de vilã. Coloque-se no lugar dela, absorva o que aconteceu com ela, na casa dela, para depois falar alguma coisa. Ninguém, em sã consciência, gostaria de ter uma situação dessa na própria casa.
Do que os patrões costumam reclamar no sindicato?
A queixa é a seguinte: tem empregado que desaparece do emprego e entra na Justiça falando que o patrão mandou embora. O empregador ainda não assimilou a relação empregatícia. Não toma cuidado em ter a documentação do empregado e depois não sabe como fazer. O empregador tem que se conscientizar de que precisa ter os documentos porque a realidade é outra, não é mais aquela relação que anos atrás era mais próxima.
O que mudou no comportamento?
Tem um ditado que diz "quem nunca comeu mingau, quando come se lambuza". Tenho medo de como caminhará em uns anos, porque hoje ninguém respeita ninguém, todo mundo quer tirar proveito.
Não há mais consciência de direitos?
Não sou fã desse discurso porque existem profissões que não têm os direitos que os domésticos conquistaram. Agora, não sei como poderia falar, porque não sou da época da escravatura. Quando nasci não existia empregado com bola no pé nem pelourinho. Então resquício de escravatura, como dizem...não é resquício de coisa alguma, é falta de educação. Não é porque conquistei um direito que vou chegar para o patrão e dizer: "seu tonto, agora quero meus direitos". Ele vai dar, não precisa agredir.
O que faz uma boa empregada?
O respeito mútuo é fundamental em todas as áreas. Eu, como advogada, não vou entrar numa sala de audiência sem pedir licença. Princípios básicos que não precisam ser ditos. É respeito. Essa palavra precisa fazer parte do dia a dia. Então, acho que o que está faltando no ser humano é cada um saber o seu lugar. Você tem direitos, respeite o meu.
E a desigualdade no Brasil?
Meu amor, desigualdade...A única desigualdade que vi até agora foi um absurdo de que tomei conhecimento. Uma família que tem um hotel no centro da cidade, paga IPTU e, como estavam querendo vender o hotel e é difícil de vender, o local foi invadido pelos sem terra, os sem teto da vida. Quatrocentas famílias. [Os donos do hotel] Entraram na Justiça para reaver o que era deles e aí vem um promotor perguntando onde os proprietários vão colocar as famílias. Se fosse eu, esqueceria a educação que meus pais me deram e daria uma resposta. Eles não puderam fazer nada até agora. Que espécie de governo eu tenho? 

A arte imita a vida?


Três empregadas domésticas relatam suas impressões sobre o filme “Que horas ela volta?”, indicação do Brasil à disputa do Oscar.
18/08/2015
Por Joana Tavares,
De Belo Horizonte (MG)

 
Crédito: Larissa Costa 
O filme “Que horas ela volta?” vem dando o que falar. Escolhido pelo Ministério da Cultura para disputar uma vaga no Oscar na categoria de melhor filme em língua estrangeira, o filme já foi visto por quase 150 mil pessoas no Brasil nas três semanas em que está em cartaz. As atrizes Regina Casé – que interpreta a doméstica Val - e Camila Márdila – que faz sua filha, Jéssica – foram premiadas em Sundance por suas atuações.
O filme chamou a atenção de críticos e público por tratar de um tema tão presente na realidade brasileira: a relação entre empregada doméstica, especialmente aquela que cuida das crianças, e seus patrões. OBrasil de Fato convidou três domésticas para dar suas impressões sobre o filme. Confira o que elas acharam.
"A sociedade tem de mudar"
Vera Lúcia Barbosa, 51 anos
Adorei esse filme, porque ele busca a realidade da gente. Eu fui babá, fui empregada doméstica, eu sempre trabalhei e dormi nas casas das patroas.. Tem uns pontos ali da Regina [Casé] com a filha dela, que é muito parecido, parecido com a gente, com a nossa época, de uns anos trás. Porque hoje já está diferente. Acho que mudou. A Regina me lembrou, me lembra. Eu sou um pouco a Regina. Eu gosto dos meus patrões, amo, respeito, tenho carinho por eles, mas sempre sei meu cantinho, meu lugar. Não me considero diferente, nem menor que eles, mas sinto aquele respeito. Eu, no lugar da Regina, na situação com a filha, talvez eu faria a mesma coisa. O fato de sentar na mesa... não é porque eu não sei comer perto dos patrões. É porque desde o primeiro dia que eu entrei na casa das pessoas para trabalhar, me indicaram que teria que ser assim. 'Você vai comer aqui na cozinha. O seu prato é esse. O seu talher, o seu copo é esse'. Então, não tinha essa de sentar na mesa com patrão. Hoje, em algumas casas em que trabalho, eu sento na mesa, mas fico muito sem graça. Muito sem jeito, porque lembro do primeiro dia. Eu tinha 14 anos quando comecei a trabalhar.
A Regina estava toda perdida com a filha, porque ela vive em outra época. A filha acha tudo aquilo muito estranho, a mãe não poder sentar na mesa pra comer, a mãe não poder entrar na piscina. Eu concordei com a Regina e concordei com a filha. Por que não? Porque a empregada não pode sentar, não pode comer junto? Por que não pode tomar um pouco de sorvete? O que tem de mais?
 
 Crédito: Reprodução
Também entendi demais o carinho da Regina com aquele menino. Aquilo, gente, é verdade. A gente apega nos filhos dos patrões. A gente cuida como se fosse filho da gente. E muitas vezes, a gente não fica com o filho da gente. Igual eu. Eu passei minha vida trabalhando. Eu pouco fiquei com minha filha. Ela tem 19 anos e tem o mesmo nome da filha da minha patroa, Laura. Eu pouco fiquei com Maicón, que tem 22 anos. Mas fiquei mais com a Laura, então tenho aquele carinho com ela. Eu lembrei mesmo desse carinho.
Acho que nós temos sim um dom de gostar. A gente apega nas crianças, a gente gosta das crianças. Quando saí da casa da minha patroa, era como se eu estivesse deixando três filhos pra trás. E eu era solteira. Aí eu pedi para ir lá de vez em quando. De vez em quando eu saía do Gameleira e ia lá pra ver as meninas. Sentia falta. Eu chorava. E vinha pra ver elas. Não era pra pedir nada, era pra ver as meninas. Principalmente a Laura, que era mais apegada em mim. Os filhos das patroas apegam à gente também.
Essa situação está mudando muito, por causa da educação. Antigamente, a empregada trabalhava porque não tinha outra opção. Ia pra casa de família porque não tinha estudo. Porque vinha do interior e não tinha lugar pra morar. E o salário, a empregada doméstica não tinha. O patrão pagava o que queria, o básico. Hoje, não. Mudou muito. A maioria das pessoas estuda. Se tem uma empregada doméstica, você pode prestar atenção. Ela estuda, ela faz um curso. A cabeça é mais aberta. Hoje se ela perder o emprego, ela pode trabalhar num restaurante, numa lanchonete, montar um barzinho, porque ela tem um certo estudo. E antigamente a gente não tinha isso.
Mas o preconceito ainda existe. As pessoas precisam enxergar a empregada doméstica de um modo diferente. No filme aparece o preconceito, e ele ainda existe. Isso tem que mudar. Ainda existe preconceito. E a sociedade precisa superar esse preconceito.
Eu, por exemplo, fiz um curso de atendente de enfermagem, porque precisava só até quarta série. Cheguei a fazer o curso, mas não pude fazer o estágio, porque não tinha onde morar. Então eu tinha que dormir no emprego. Aí tive que abandonar o curso. Eu poderia hoje ser chefe de enfermagem, mas não tive condição. Mas esses jovens de hoje estão tipo a Jéssica. Eles têm estudo, eles fazem faculdade, têm mente aberta.
Ela veio do interior, mas ninguém nunca colocou limite pra ela. Porque ela estudou. Então ela sabe que a pessoa é igual. O patrão é igual ao empregado.
Essa política que teve de uns anos pra cá nos ajudou muito. Não só o direito da empregada. O direito do trabalhador em si. De um modo geral. Hoje um pedreiro tem respeito, o servente de pedreiro. Teve essa política que nos ajudou muito, nos valorizou. Hoje temos a cabeça aberta.
Eu trabalho, mas a minha filha estuda. Ela está entrando na faculdade, está em dúvida se vai fazer veterinária ou psicologia. Meu filho estuda administração. É meu sonho, que eles vão pra frente.
"Hoje a pessoa reivindica"
Eva Guilherme, 58 anos
Achei o filme legal. É como a vida mesmo. Nós começamos a trabalhar muito cedo, na nossa época era assim. Hoje muita coisa mudou. Mas antigamente era igual aquilo. Ela [Val, interpretada por Regina Casé] não tinha a filha dela, então ela cuidava do menino ali como se fosse dela. Enquanto ela pagava alguém pra cuidar da filha dela. E cuidou muito bem. Estudou, igual a mãe mandava. Ela mandava o dinheiro e falava: 'minha filha tem que estudar'. Emocionei mais porque quando a menina chegou, o patrão queria a menina. Abuso. É isso que me emociona. Ele gostava muito da empregada, mas a filha ele queria levar pra cama. A menina podia ficar lá, desde que ela fosse deitar com ele.
Eu passei pouco tempo com meus filhos. Tenho três. Mas estava sempre junto. Desde que eu separei, eu sempre fiquei com meus filhos. Eu não saía, não passava a semana fora de casa. Foi muito difícil, mas eu estava ali, com eles.
Comecei a trabalhar com 11 anos. Mas foi tão cedo porque eu perdi a minha mãe e meus irmãos foram embora. Eu fiquei sozinha. E porque eu fiquei sozinha eu queria trabalhar, queria sair de casa. Por que o que eu ia ficar fazendo ? Meu pai e meu irmão mais velho levantava e saía pra trabalhar. E eu ficava naquela casa sozinha. Claro que eu tinha necessidade de trabalhar, mas não estava passando fome, nem nada. Mas não queria ficar sozinha, tinha medo. Aí fui trabalhar em casa de família. Acho estranho é as pessoas quererem aproveitar de você. Não quer só o empregado não, quer tudo.
Da época quando a gente era mais nova era assim como a Regina Casé fez. Hoje em dia mudou muito. Hoje as coisas são diferentes. Antigamente empregado tinha mesmo que conhecer o lugar dele, não tinha direito a nada, direito nenhum. Hoje a pessoa reivindica. Você vê que hoje tem menos empregada doméstica. E aí os patrões não tratam a gente do mesmo jeito mais não. Porque quem precisa, precisa mesmo. E reconhece os direitos. De dez anos pra cá, mudou bastante. Por exemplo, acho que ninguém mais dorme em emprego. Vocês conhecem alguém que ainda dorme em emprego? Eu não.
"Temos mais valor"
Angela Maria Ferreira Pereira, 66 anos
O filme me fez lembrar muitas coisas, dos lugares onde a gente trabalha. Aquela hora do sorvete mesmo. Às vezes tem uma coisa que os meninos gostam, e a gente deixa pra eles.
Mas nos lugares que eu passei, eu acho que quando me ofereceu, foi pra aceitar. Mas acho que a gente tem também que reconhecer o lugar da gente. Tem que ter um pouco de educação. A menina também estava muito exaltada, muito agitada. Mas aquele momento – muita coisa que oferece não é pra gente aceitar – pode até ter, mas acho que cada um tem que reconhecer seu lugar.

Acho que as patroas estão valorizando mais os empregados. Está tendo mais valor.

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Enviado por: Frederico Santana Rick <fredsantanarick@gmail.com>

Fotos da 18ª Romaria das Águas e da Terra 2015

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