terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016: abertura na Arquidiocese de BH - 13 de fevereiro

A Arquidiocese de Belo Horizonte realiza a abertura da Campanha da Fraternidade 2016, no sábado, dia 13 de fevereiro. A abertura da será às 14h, na Associação dos Moradores do Conjunto Ribeiro de Abreu (Rua Serra Geral, 70).
Este ano a Campanha é ecumênica e discutirá a situação do saneamento básico em todo o país. Com tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5, 24), a Campanha será coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).
A cada cinco anos, a Campanha da Fraternidade é realizada de forma ecumênica. A primeira, foi em 2000, e teve como tema “Dignidade humana e paz”, e o lema escolhido foi: “Novo milênio sem exclusões”. A segunda edição, em 2005, falou sobre “Solidariedade e paz”, com o lema: “Felizes os que promovem a paz”. Em 2010, o tema foi “Economia e Vida”, com o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”.
Programação:
14h - Acolhida e visita aos estandes
15h - Apresentação do tema e considerações
16h - Apresentações culturais
16h30 - Celebração
17h30 - Músicas
18h - Encerramento
Conic
O Conic é o Conselho Ecumênico formado pelas Igrejas Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil e Presbiteriana Unida do Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil e Sirian Ortodoxa de Antioquia.

Inscrição Encontros 2016 de Espiritualidade Ecumênica CEBI-MG

Taizé BH
A equipe do Regional Centro MG do CEBI-MG propõe e inicia 2016 com extensa agenda de encontros de espiritualidade ecumênica, a partir do estilo Taizé de oração.
Músicas, orações, leitura orante da Bíblia, ações solidárias, vivências ecumênicas e muitos mais.
Em especial para @s jovens!
Aberto à tod@s seguidores de Jesus Cristo.
Enriquecida com a longa experiência do CEBI de serviço à LPB – Leitura Popular da Bíblia, buscando despertar as pessoas a viverem a espiritualidade unindo Bíblia e Vida. 
Daí, convidamos jovens para estes encontros especiais, onde buscamos juntos conhecer para seguir Jesus e sua proposta e com ele:
Experimentar a vida em comunidade
Aprender
Crescer
Amadurecer
Ser valorizado
Ser reconhecido
Criar laços de fraternidade
Convidamos todos jovens cristãos e não-cristãos dispostos a orar juntos.
1º Tarde de Espiritualidade Ecumênica será dia 20/02, sábado, de 14 às 16hs, no Secretariado Estadual do CEBI-MG (endereço abaixo).
Este é um espaço nosso.
ATENÇÃO VAGAS LIMITADAS: 20 vagas, devido ao espaço disponível atualmente no CEBI-MG – Rua da Bahia, 1148 12º andar (Edifício Maleta, centro de Belo Horizonte).
O que trazer:
Entusiasmo, animação, Bíblia,
Caderno de anotações,
Fotos, painéis ou algum registro com jovens que participa ou já participou (se tiver)
EM BREVE, PROGRAMAÇÃO no nosso site www.cebimg.org.br e/ou no blog - www.cebimg.blogspot.com


Equipe de Comunicação do CEBI-MG
Centro de Estudos Bíblicos de Minas Gerais

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"Precisamos fazer uma interpretação que ajude o povo
a reapropriar-se da Bíblia como livro que lhe pertence"
(Carlos Mesters)

OPTAR PELOS POBRES E PELA POBREZA TAMBÉM, por Dom Pedro Casaldáliga


OPTAR PELOS POBRES E PELA POBREZA TAMBÉM
Dom Pedro Casaldáliga

A opção pelos pobres é uma opção sempre atual, pelo menos para um cristianismo que mereça este nome. Atual e essencial. Por dois motivos: porque é a opção do Deus de Jesus e porque é uma opção que afeta estruturalmente a vida da sociedade humana e a missão da Igreja.
É justo reconhecer que a Igreja, genericamente falando, sempre optou pelos pobres em termos de caridade beneficente, de assistência pontual, às vezes também de misericórdia heroica. Comblin, sempre incisivo e lucidamente demolidor, como um profeta bíblico, escreve que “a opção pelos pobres ainda é uma invenção a ser posta em prática”; e que “não podemos imaginar toda a transformação que implica para uma Igreja habituada a se adaptar às classes dominantes”. Acrescenta ainda, duro e veraz: “Como é sabido, a fórmula opção pelos pobres foi imediatamente corrigida pelo magistério. Disseram: “Opção preferencial, não exclusiva, pelos pobres”. O que se quer dizer com a expressão não exclusiva? Na prática se quer dizer; Não até o ponto de que tenhamos que mudar nossos comportamentos, nossas estruturas fundamentais, que são de classe média”. “Fazer a opção pelos pobres é hoje um desafio quase impossível, porque supõe uma ruptura com a cultura dominante e não há nenhum signo de que a Igreja católica queira se distanciar da cultura dominante.”
Hoje a opção pelos pobres deveria ser mais provocativamente atual, porque a pobreza é maior e mais globalmente estruturada. Porque os pobres são pobres como pessoas e como povos, vivem na pobreza e estão sem poderes e são sempre mais empobrecidos e despojados. Já não são apenas pobres, são também excluídos, sobrantes, não existem para o sistema.
A tentação, que Comblin aponta como pecado real, é forte mesmo e consiste em relativizar essa opção e fazer dela uma entre outras opções cristãs.
É interessante observar, em vários textos de Comblin, como ele faz questão de proclamar, com o Evangelho na mão, que os ricos também podem se salvar. Jesus, vem dizer Comblin, não ignorou os ricos nem os condenou simpliciter: apenas ... lhes exigiu, lhes exige e lhes exigirá sempre que deixem de ser ricos privilegiados e excluidores. Conjugar isso honestamente, na vida prática, eis a questão! Coração de pobre e vida de rico, isso parece uma contradição nos termos, evangelicamente falando.
Trata-se então de firmar a opção pelos pobres; de retoma-la, lucidamente, atualizadamente, mundialmente, estruturadamente.
E essa estruturação da opção pelos pobres, essa sua mundialização, exige optar-se também pela pobreza. Para a Humanidade, submetida hoje como nunca a tentação do ter e do consumir, do lucro e do privilégio, se impõe uma virada radical: da civilização do capital para a civilização do trabalho, da civilização acumulação para a civilização da partilha, da civilização do privilégio para a civilização da igualdade fraterna. Desta civilização, que chamamos ocidental ( e às vezes “ocidental-cristã”), para a “Civilização da pobreza”, como pedia o teólogo mártir Ellacuría, nos tempos heroicos de El Salvador. Ou a “Civilização da sobriedade”, para ajudar a entender a pobreza sem a acusação – desculpa de “pauperismo”.
Evidentemente, não estamos a favor da pobreza dos pobres. Estamos contra sua pobreza injusta e contra a riqueza iníqua dos ricos. Optamos pelo testemunho de vida e morte do pobre Jesus de Nazaré. Optamos pela pobreza do Reino, proclama feliz no código das bem – aventuranças.
A opção pela pobreza que o Evangelho nos exige inclui necessariamente uns valores profeticamente contestatários. Rafael Aguirre, em seu livro Ensayo sobre los Orígenes Del cristianismo, destaca três grandes valores centrais preconizados por Jesus, que simultaneamente contestavam e contestam antivalores de seu tempo e de todos os tempos. Diante do prurido da honra, a simplicidade e “o último lugar”; diante da paixão pelo poder, a constante disponibilidade para o serviço; da cobiça do ter, o despojamento e a partilha; diante da lógica da força, o instinto divino da doação e do amor desinteressado.
Optar pelos pobres e pela pobreza, assim entendido, é lutar pela justiça, pela fraternidade, pela paz. Quando se proclama nos fóruns alternativos que “um outro mundo é possível”, quer se dizer que é possível e necessário um mundo significativamente “outro”. Sem agressões à natureza, tão brutalmente depauperada por esta nossa civilização industrial; sem prepotências pessoais, ou nacionais, ou imperiais, para possibilitar o concerto dialogante e pacífico dos povos e das culturas; sem consumismo desenfreados que necessariamente produzem a fome e a exclusão. Um mundo sem Lázaros e sem Epulões. “Uma família de mais ou menos todos iguais”, como pedia generosamente o patriarca sertanejo da ilha do Bananal.
Deve-se lutar pela justiça, pela paz, “pobremente”, com a simplicidade do coração e com meios popularmente e evangelicamente pobres. Não se vence a riqueza injusta com uma militância rica! A própria evangelização não justifica o poderio, a ostentação, o marketing.
A tentação, dizíamos, é encostar a opção pelos pobres, como uma opção secundária, opcional. E é mais tentação ainda, por mais sofisticadamente apresentada, a tentação de considerar anacrônica antimoderna, desfuncional, a opção pela pobreza evangélica – nas pessoas cristãs, nas famílias cristãs, nas congregações religiosas, nas cúrias e nas excelências eclesiásticas. São tentações muito atuais e sedutoramente formuladas. Teria passado a época do Evangelho “sem glosa” , a época dos entusiasmos de Medellín e a época dos martírios pelo Reino. Agora estamos na modernidade pós – moderna e no carismatismo apaziguador. Não estão na moda nem os grandes relatos, nem os grandes paradigmas, nem as grandes opções ...
Bernhard Häring, depois de ter revolucionado a visão e o ensino da moral cristã, nos deixou, em seu livro Rezo porque vivo, vivo porque rezo, este pedido testamentário: “Não temos outra alternativa, se queremos ser cristãos: devemos fazer nossas as opções do pobre de Javé, esposar a pobreza e estar atentos a todos os pobres que vivem ao nosso redor, depois de termos traçado uma vida em virtude da qual se suavize a miséria em todas as partes do mundo”.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Você já ouvir falar do Beato Charles de Foucauld???


Nesse ano se completam 100 anos de seu martírio, na Argélia, após profundo testemunho de que o "Evangelho deve ser gritado com a vida".

Numa presença cristã católica silenciosa e fraterna entre nômades mulçumanos.

Interessou em saber mais??? - enviei um SMS-tropedo para 31 9 8554.7481